(D)Eficientes na empresa? Transforme cotas em motivação, produtividade e resultados!

* Por Dolor125x125-botaoes Affonso

O mercado de trabalho é altamente competitivo em todos os níveis e segmentos. A cada dia os profissionais são mais exigidos em termos de capacidade de realização, produtividade, conhecimento, atualização, inteligência emocional, comunicação e tantos outros pontos. Para a pessoa com deficiência, este quadro se agrava ainda mais. Mesmo com a Lei de Cotas (Lei nº 8.213/91), ainda é nítida a exclusão no mercado de trabalho. No Brasil, temos 45,6 milhões de pessoas com deficiência e, em 2010, de acordo com o Censo (IBGE), mais da metade da população ativa com alguma deficiência estava desempregada.

Com altos índices de desemprego e seleções cada vez mais rigorosas para se ocupar cargos tanto na área privada quanto pública por todo o país, é essencial que as pessoas com deficiência (PcDs) e necessidades especiais (PNEs) estejam cada vez mais qualificadas e preparadas para lutar pelo seu espaço na carreira que sonhou. O problema, entretanto, reside na falta de acesso à educação de qualidade, à qualificação profissional e ao crescimento na carreira. A luta por um lugar ao sol é árdua!

Outro grande problema ainda é o pensamento de que esses trabalhadores são sinônimos de aumento de custos e redução de produtividade. Ledo engano! Ao se contratar uma pessoa com deficiência, mesmo não havendo um programa de inclusão, empresários, profissionais de RH e líderes devem estar engajados para que esses profissionais possam colocar em prática todo o seu potencial, tornando-se produtivos e gerando resultados como qualquer funcionário. Muitas vezes obtêm resultados acima da média pela sua dedicação e força de vontade em se superar. O oposto também ocorre, mas muitas vezes em decorrência de um ambiente hostil, inadequado e sem acessibilidade.

Diante disso, é preciso reconhecer as diferenças, identificar sonhos, necessidades, limitações, potenciais, habilidades, como com qualquer funcionário e equipe, e promover as ferramentas adequadas para que cada um possa dar o melhor de si.

Um exemplo simples ocorre quando temos um deficiente visual na empresa e observamos que nada é adaptado às suas necessidades, mantendo-se materiais impressos sem o uso do braile, computadores inacessíveis, falta de avisos sonoros e táteis, etc. Se a empresa adotar ferramentas adequadas, como leitor de telas, piso tátil, corrimões etc., proporcionará as mesmas condições e oportunidades, permitindo que ele exerça sua função e atividades de forma a gerar os resultados que a empresa precisa, alcançando metas e objetivos. Cabe ressaltar que a maioria das adaptações são simples e de baixo custo.

É de extrema importância, portanto, que os líderes estejam preparados para agir de forma inclusiva, integrando cada membro da equipe, identificando as diferenças e aproveitando a diversidade em prol do todo. Neste contexto, a luta continua, possibilitando a inclusão de cada vez mais cidadãos no mercado de trabalho independentemente do tipo de deficiência, pois, uma vez “incluídos”, podem e devem ser reconhecidos como profissionais com independência financeira e auto realização, sendo produtivos com autoestima elevada e autonomia nas atividades do seu dia a dia, conseguindo, assim, levar uma vida plena e feliz.

Para tornar isso possível, o Congresso de Acessibilidade trará, entre 21 e 27 de setembro, mais de 30 especialistas tratando de temas relacionados à carreira, tecnologias assistivas, acessibilidade e inclusão nas empresas entre outros, todos voltados para a superação de obstáculos, visando o autoconhecimento e o acesso à informação, promovendo a inclusão no mercado de trabalho, a permanência no emprego e a ascensão na carreira profissional. E o mais importante: o evento traz instituições de apoio, encaminhamento a emprego, qualificação profissional, etc. Cabe ressaltar que será online, gratuito e acessível em Libras, para leitores de tela, contando ainda com legenda e audiodescrição, podendo assim ser acessado por computadores, tablets e celulares.

Dolores Affonso é coach, palestrante, consultora, designer instrucional, professora e idealizadora do Congresso de Acessibilidade (www.congressodeacessibilidade.com).

Dolores Affonso

Dolores Affonso é coach, palestrante, consultora, designer instrucional e professora. Ajuda pessoas a superarem suas deficiências e limitações, alcançando autonomia, liberdade e sucesso para viverem uma vida plena.

Especialista em Marketing pela FGV e em Design Instrucional para EaD pela FACEL, é graduada em Administração de Empresas e pós-graduanda em Educação Especial pela UCDB. Diretora Executiva da Affonso & Araujo Consultoria, desenvolve e ministra cursos, disciplinas e consultorias em Marketing e Empreendedorismo Digital, RH, Design Instrucional, Acessibilidade, Novas tecnologias e Inclusão para diversas empresas. É membro da ANATED – Associação Nacional dos Tutores da Educação a Distância, da ABRADI – Associação Brasileira de Desenho Instrucional e do Programa Rompendo Barreiras da Uerj.

Busca incessantemente por novos conhecimentos, métodos e tecnologias que possam ajudar pessoas e empresas a desempenharem melhor seus papéis na sociedade, através do desenvolvimento pessoal e profissional, acessibilidade, educação, superação e inclusão para uma sociedade mais justa.

Desenvolve os seguintes projetos:

– Congresso de Acessibilidade: 1º evento nacional online e gratuito com foco em Acessibilidade e Tecnologias para a Superação e Inclusão. Para participar ou apoiar este evento, acesse: http://www.congressodeacessibilidade.com
– Superação: programa de coaching ou mentoring individual ou em grupo para pessoas (com e sem deficiência) que precisam superar suas limitações e empresas que desejam integrar suas equipes, tornando-se inclusivas.

– Semana da Inclusão: semana de palestras, atividades, treinamentos, entre outros, com foco em diversidade e inclusão.

– Stargardt Brasil: fundadora do blog Stargardt Brasil, que visa o desenvolvimento pessoal, motivação, superação e inclusão de pessoas com deficiência visual.

Atendimento à imprensa
Patrícia Arantes – Assessora de Imprensa
RZT Comunicação
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Fones: (11) 5051-8142 e (11) 99873-6008
patricia@rztcomunicacao.com.br

Educação Especial, lugar do inédito!

Escrever sobre Educação Especial é complexo, principalmente se considerarmos as transformações pelas quais esta modalidade de ensino vem passando para adaptar-se à perspectiva de educação inclusiva.
Até exatos vinte anos atrás, o lugar da Educação Especial era definido e definitivo. Caracterizava uma situação de ensino segregada das práticas educacionais das escolas regulares, afinal, acreditava-se que as pessoas com deficiência necessitavam de ambientes restritivos e totalmente especializados, para atendimento escolar e clinico.
Na perspectiva inclusiva, a Educação Especial abandona a abordagem segregacionista e atreve-se a reinventar seu papel (coisa que em Educação, convenhamos, tem ares de ineditismo), para a garantia de que alunos com necessidades educacionais especiais caracterizadas por deficiência sejam atendidos em qualquer nível e modalidade de ensino, propagando seu direito de ser recebido e atendido através da promoção de estratégias e recursos necessários para a garantia de participação em todas as atividades e rotinas escolares.
Numa perspectiva desse porte, não cabe à escola e profissionais que nela atuam receber o aluno garantido seu acesso apenas. É preciso muito mais, é preciso oferecer estruturas, estratégias, suportes e recursos adequados.
E, nesse novo cenário, a Educação Especial é definida, não mais como modalidade de ensino substitutiva ao ensino regular, mas sim como uma modalidade transversal de ensino que perpassa todos os níveis escolares e que se dá na própria escola. Assume-se, portanto, como um conjunto de recursos educacionais e estratégias de apoio e coloca-se à disposição de todos os alunos, rompendo os paradigmas escolares convencionais e buscando diferentes alternativas de atendimento às suas necessidades.
Está à disposição de todos os alunos, pois, apesar de claramente definido o aluno público alvo de sua atenção, atuação e competência, certamente, ao introduzir no ambiente escolar a discussão pela possibilidade de adequações curriculares, metodológicos, recursos educativos e formas de organização de tempo e espaço diferenciados e específicos para o acesso ao conhecimento pelos alunos com deficiência, transtornos globais do desenvolvimento, altas habilidades e ou superdotação, corrompe os padrões homogeneizadores de ensino e quebra barreiras, beneficiando todas as diferenças individuais.

Ensina que para aconteça acesso ao conhecimento para todos e de cada um dos alunos, é preciso pensar a educação de forma individual e colaborativa.
Tenho uma longa trajetória em Educação Especial, talvez antes mesmo da formação acadêmica, e nesse percurso, aprendi que não podemos minimizar as questões que a deficiência traz para a vida de cada pessoa, porém, não podemos também colocá-las ou considerá-las – como há forte tendência por alguns – de forma tão complexa e inacessível, a ponto de não acreditarmos que as pessoas com deficiência podem assumir seu papel e lugar social em qualquer contexto de suas vidas.
Nesse sentido, entendo hoje, a Educação Especial é verdadeiramente especial… Numa perspectiva inclusiva, deve assumir-se promotora de quebras de barreiras físicas, atitudinais, metodológicas e conceituais. Tarefa nada simples, convenhamos, pois a motivação para manter as coisas estáveis e inabaladas no contexto educacional parece ser invariavelmente, muito mais forte.
Recentemente ouvi de uma estudiosa que admiro muito, que a educação especial deve ser o lugar do inédito, ou seja, de crença de que tudo pode ser e acontecer de forma diferente do que estamos habituados a realizar em educação.
O caminho é considerar cada indivíduo de forma particular e procurar desvendar suas inúmeras janelas e restritas fronteiras, para que possamos abrir-lhes possibilidades. Simples e complexo ao mesmo tempo, não? Porém, possível para todos aqueles que estão dispostos a romper com as próprias barreiras e acreditar que sempre existe um caminho não percorrido, uma estratégia ainda não utilizada, uma forma de interagir nunca arriscada e que não há limites para a aprendizagem, criatividade e capacidade humana.
Nesse sentido, também costumo refletir sobre o fato de que não são apenas as pessoas com deficiência apresentam algumas limitações, mas principalmente cada um de nós que escolhemos a educação como propósito profissional e que ainda não percebemos formas eficientes e eficazes para ensinar a todos, dedicando-se ao ensino de cada um.
E, em Educação Especial, essa é uma prerrogativa prioritária e inexorável.

Termino por aqui, com pedido de licença à Hannah Arendt – filósofa e cientista política – para citar um trecho de “Entre o passado e futuro” (1992) – e invocando a reflexão:

“A educação é o ponto em que decidimos se amamos o mundo o bastante, para assumir a responsabilidade por ele e, com tal gesto, salvá-lo da ruína inevitável, não fosse a renovação e a vinda dos pequenos e dos jovens.
A educação é, também, onde decidimos se amamos nossas crianças o bastante, para não expulsá-las de nosso mundo e abandoná-las a seus próprios recursos, tampouco arrancar de suas mãos a oportunidade de empreender algo novo e imprevisto para nós, preparando-as, em vez disso com antecedência, para a tarefa de renovar um mundo comum.”

Obrigada, equipe Matherna, pela oportunidade!

eliete

 

 

 

 

Eliete Rodrigues
Supervisora Educacional
Pedagoga com habilitação em Educação Especial – Especialização em Deficiência Auditiva – Especialização pelo Programa de Formação de Professores Alfabetizadores – Especialização em Gestão do trabalho pedagógico – Cursando: Especialização em Gestão de políticas públicas

ALUNOS COM NECESSIDADES EDUCACIONAIS ESPECIAIS X AVALIAÇÃO

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Pensamos na inclusão escolar e social como princípio fundamental para valorizar a diversidade humana, exigindo reflexões e mudanças nos modos de vida, uma ação que objetiva aceitar o outro em sua singularidade.

Atualmente é muito comum nos depararmos com professores angustiados em como avaliar seus alunos com necessidades educacionais especiais, porém, esse sentimento é normal, pois tal avaliação é de fato uma questão que gera angústia, é nesse momento que colocamos à prova nossa capacidade como transmissores do conhecimento.

Devemos compreender que crianças com necessidades educacionais especiais têm suas limitações, tendo todo o direito de serem avaliadas dentro de suas possibilidades.

A avaliação faz parte do sistema educacional, cabendo ao  sistema de ensino  dar base para que o aluno construa conceitos e tenha experiências sociais de forma a ser útil participativo e atuante na sociedade, desse modo, a avaliação é um importante processo do indivíduo como um cidadão, pois através dela podemos diagnosticar o conhecimento que o aluno assimila, desenvolve, raciocina e constrói conceitos que levam a investigação e solução para os problemas da sociedade na condição de ser também parte dela.

Ao utilizarmos a avaliação temos em mãos um grande instrumento medidor, pois através dela podemos perceber o quanto e como essa criança está ou não evoluindo. Não podemos pensá-la apenas como um instrumento que nos permiti dar uma nota ao aluno, embora seja claro, precisamos cumprir com as normas legais da educação. Dentre cada linha de pensamento ou procedimento, cabe ao professor analisar seus alunos, conhecer o aluno com necessidades educacionais especiais, traçar metas respeitando suas limitações para dessa forma poder avalia-lo.

Devemos entender e tratar a avaliação como processo de inclusão humana e social no qual todos os alunos devem ser avaliados da mesma forma através de diversas atividades, até mesmo com provas, desde que sejam consideradas como meio e não fim.

Para os professores que atuam em turmas do 1º ao 5º ano uma dica de avaliação é traçar as metas individuais de seus alunos utilizando os parâmetros curriculares da Educação Infantil, elaborando questões para as provas nas quais se trabalhe conceitos, cores, iniciando a alfabetização em atividades apenas com vogais iniciais e finais, nome do aluno (1º nome e/ou nome completo), problemas que envolvam números em quantidades pequenas e pontuar essas questões de acordo com o grau de dificuldade exigido em cada uma.

Lembremos que também é possível avaliar um aluno sem necessariamente fazer uso de papel, utilizando jogos de encaixe, atividades que trabalhem coordenação motora, atividades da vida diária nas quais o próprio professor poderá fazer uso de um gráfico ou tabela no qual estará mapeando a evolução de seu aluno ao longo do ano letivo, estipulando uma pontuação diferenciada para cada atividade.

Pensemos na escola como um local cujo papel é o de desenvolver o potencial de cada aluno, respeitando as características individuais, auxiliando na superação dos pontos fracos, evitando que as crianças não sejam excluídas no processo aprendizagem, rotuladas nem tão pouco discriminadas.

Toda criança é capaz de aprender, cada uma há seu tempo, umas mais rápidas, outras não.

Abraços

Maria Isabel Pardim Gottardo

Pedagoga pós-graduada em Psicopedagogia, exercendo o magistério há 23 anos.

Diagnóstico, um documento que requer cuidados.

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Nunca se falou tanto em diagnóstico como nos últimos anos e precisamos tomar muito cuidado com isso, principalmente quando nos referimos às síndromes, transtornos e dificuldades.

Quem convive com pessoas especiais sabe que, por exemplo, um Down nunca será como outro, um autista, um disléxico, etc., por isso, existe tanta nomenclatura para síndromes tão parecidas, que para muitos parecem a mesma coisa.
Outro fato importante é não “rotular” a pessoa que recebeu algum diagnóstico, como: nunca será capaz de, não aprenderá, não trabalhará, não falará; apontamentos estes extremamente marcantes na trajetória de vida de qualquer ser humano.
Independente do diagnóstico, ou, se sequer exista um, a preocupação deve estar no olhar que se tem para essa pessoa, em acolhê-la, ensiná-la, demonstrar carinho, amor, respeito e investir nela sim, pois como qualquer outra, tem o direito de viver e usufruir de uma melhor vivência possível.
Como todos, aprenderá ao seu modo e no seu tempo e o que realmente for necessário para o seu dia-a-dia, precisamos perceber do que ela necessita para conseguir viver o mais independente que puder.
Não é um diagnóstico que mudará a pessoa. Saber ao certo o que se tem, ajuda muito no tratamento e em outros fatores, mas, um autista não será mais ou menos autista porque foi diagnosticado assim, continuará sendo uma pessoa, seu filho, seu aluno, seu neto. O que mudará é o seu olhar e as suas atitudes para fazer a diferença em sua vida.

Bom, fico por aqui e espero que tenham gostado do texto.

Obrigada por sempre nos acompanhar.

Abraços,
Daniela Gazafi

Crédito da imagem: casadaconsultoria.com.br

“Mude seu olhar, faça a diferença!”

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A cada dia que passa as ideias acerca dos conceitos sobre a inclusão tem tomado uma proporção significativa nos espaços sociais e principalmente, nos educacionais.

Debater e refletir sobre as diferentes formas de pensar sobre o ato de incluir, não é fácil, mas acreditem… É possível.

A inclusão representa uma concepção de educação internacionalmente unânime e tem diversas leis que a sustentam.

Todas as pessoas têm direito e possibilidades éticas e morais cabíveis a qualquer indivíduo, mas infelizmente, são camufladas pela palavra “deficiência” que por fim, anula a pessoa como um ser humano e a rotula como sinônimo de diferença e/ou desigualdade social.

Sem falar na atenção especial que precisamos ter, quando se trata de analisar os direitos a educação.

Não sou tão alienada, ao ponto de dizer aqui, que as mudanças devem ocorrer obrigatoriamente de um dia para o outro, não, não… Mas confesso que gostaria através de nossas assessorias e apoio, plantar uma sementinha em seu coração, que cultivada diariamente, possa crescer e encorajá-lo a mudar o seu olhar.

Todos nós professores, somos passíveis de desafios, tendo ou não, alunos com deficiência na sala de aula, mas digo que é um erro pensar, que a aprendizagem das pessoas com deficiência é atributo somente dos professores habilitados. Devemos de fato, nos convencer que todos os alunos podem aprender alguma coisa, basta, apenas termos criatividade, autonomia e confiança de criarmos boas condições de aprendizagem, propondo sem medo a estes alunos, ações que tenham alguma funcionalidade pra ele.

Grande parte dos professores teme em não estar preparado para a inclusão, mas envolvidos pelo medo do desconhecido, esquecem-se de procurar parceiros que possam ajuda-los a esclarecer suas dúvidas e dar sugestões. Está no sufoco? Peça ajuda!

E lembre-se, nenhuma aprendizagem é igual à outra, portanto, uma prática pedagógica inclusiva consciente, deve contar com as observações. Anote as dificuldades, habilidades e avanços de seu aluno. Sempre planeje suas atividades com base em uma meta individual e não do grupo, assim você conhecerá melhor seu aluno e se sentirá mais confiante.

Pois acredite: Você pode. Você consegue.

Para refletir:

O professor necessita de ajuda para trabalhar com a inclusão, mas a maior ajuda virá por certo de si mesmo, com a compreensão de que o medo que revela é gerado pelo medo que pensa que precisa ter.” –  Celso Antunes – Inclusão e Medo

Resumindo: “Mude seu olhar, faça a diferença!”

Forte Abraço

Joana Canfora

Créditos da imagem: http://escolasinclusivas.blogspot.com.br/2011/04/duvidas-sobre-inclusao.html

Condições de Aprendizagem

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Desde que nascemos estamos aprendendo. O mundo já está organizado e temos que nos integrar as suas normas sociais, e aí, vamos nos estruturando e organizando nossa aprendizagem.

Na escola também é assim. Quando um aluno começa o seu primeiro dia de aula ele tem pela frente muitas coisas para aprender. Porém, a aprendizagem (qualquer que seja) só ocorrerá na presença de condições adequadas.

Estas condições estão ligadas a fatores externos, relacionados à família, escola (incluindo a metodologia utilizada por ela) e a fatores internos como o desenvolvimento neuropsicológico, por exemplo, que pode causar um déficit na aprendizagem.

Apesar de muitos professores não acreditarem, a aprendizagem é possível de acontecer na Educação Especial.

A partir do momento em que a Educação Inclusiva surgiu como um novo referencial, o medo tomou conta dos professores. E agora? Como ensinar esses alunos?

É importante refletir sobre o potencial das pessoas com Necessidades Educacionais Especiais e a possibilidade de ocorrer uma aprendizagem efetiva.

Na verdade não existe nenhuma receita ou manual específico que explique como fazer com que um aluno com NEE aprenda, justamente porque não há diferença entre a aprendizagem dele e de outro aluno.

O especial da Educação Especial é o olhar. Olhar para cada um, individualmente, e se conscientizar de que ele é único e, por isso, é necessária uma prática educativa diferenciada respeitando o tempo e o ritmo do aluno.

Espero ter colaborado com vocês!

Um beijo,

Juliana

Equipe Matherna

 

Crédito de imagem: pibid-bio-uepg.blogspot.com

“As crianças não sabem o que é preconceito até que um adulto lhe ensine.”

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O tema dessa vez é sobre um assunto difícil e delicado, mas que também me intriga e atrai.

É triste saber que em pleno século XXI ainda é tão forte o PRECONCEITO. Com espantosos avanços, em todas as áreas, o ser humano ainda não conseguiu se abster de tal comportamento.

Algo tão forte e marcante com as pessoas deficientes, que só desejam viver o mais “normal” possível.

Certa vez me veio à mente uma frase assim: “O deficiente quer participar do mundo como ele é. Ele não quer que o mundo mude por sua causa”. E em minha trajetória, trabalhando com inclusão, percebi que as pessoas mais preconceituosas acham que precisarão mudar o mundo que vivem quando aceitarem alguém diferente dos seus padrões. Mas também aprendi a entender que isso é normal.

Quando nos deparamos com algo que não conhecemos a primeira atitude é a de rejeição e aí cabe a cada um sair da sua zona de conforto e procurar entender o que está acontecendo ou continuar rejeitando.

Só quem convive com um ou vários deficientes sabe o quanto isso é gratificante, prazeroso e torna-se uma lição de vida indescritível.

Crianças que possuem a oportunidade de conviver com um amigo especial, tornam-se mais tolerantes, pacientes, gentis e colaboradoras. Quem não quer um futuro com pessoas assim?

Crianças não sabem o que é preconceito até que um adulto lhe ensine.

E cabe a nós, adultos mostrarmos em que mundo nossos filhos vivem. Mundo repleto de diversidades e diferenças e que pode ser habitado por pessoas amorosas, generosas, e totalmente sem preconceito. Um mundo bom em que todos possam ter o seu lugar assegurado, não por leis, mas pelo respeito mútuo.

Agradeço mais uma vez o tempinho que muitos de vocês disponibilizaram pra dar uma espiadinha no nosso blog.

Continuem nos acompanhando e, por favor, mandem suas opiniões e sugestões.

Ah… não esqueçam de assistir aos curtas da “Heloísa” e do “Cuerdas”, disponíveis aqui no blog.

Um grande abraço,

Daniela Gazafi

Adaptação Curricular

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Cada escola faz seu planejamento e se organiza de acordo com o conhecimento que se deseja que o aluno construa.

No entanto, sabemos que a sala de aula, é um ambiente de diversidade. Nenhum aluno é igual ao outro. Cada um possui suas peculiaridades, além de possuírem habilidades e dificuldades distintas.

Desta forma, as atividades previstas devem ser planejadas para atender a todos.

É necessário que se tenha um olhar diferenciado para que o professor consiga fazer uma boa observação e identificar as necessidades de seus alunos.

Uma vez essas necessidades sinalizadas cabem ao professor elaborar a forma de planejar suas atividades para que o conteúdo proposto chegue ao aluno de forma mais natural e funcional.

E como fazer isso?

As atividades devem ser significativas, devem ter algum contexto na vida do aluno.

Por exemplo:

Aluno: João, Deficiente Intelectual, 8 anos, não alfabetizado.

Meta: Conhecer e identificar as letras do seu nome.

Pensando neste caso:

O que valeria João aprender todas as letras do alfabeto se em seu nome é necessário compreender apenas as letras J, O e A?

O que valeria João aprender números até o 20, 30 se seu nome tem 4 letras, sua idade é 8 anos e suas mãos tem 10 dedos?

Será que seria útil João saber distinguir o que é letra bastão e letra cursiva?

Vamos pensar?

Diga-me: o que é mais importante?

  • Que o professor dê conta de todas as atividades preocupando-se apenas com a transmissão de conteúdos?
  • Que o aluno não compreenda as atividades em sua totalidade, mas que consiga realizar todos os registros das atividades propostas?
  • Que o aluno não compreenda as atividades em sua totalidade, não consiga fazer todos os registros e na avaliação, consiga uma pontuação mínima necessária?

Ou

  • Que o aluno compreenda a ideia das atividades propostas e consiga demonstrar seus conhecimentos da melhor forma possível, sem se preocupar com registros e avaliações?

O que eu quero dizer?

Que não importa o modo que o aluno transmita seus conhecimentos, se há ou não registros, mas sim, a forma que ele demonstra ter entendido sobre a ideia proposta pela atividade.

É importante respeitar o tempo da criança/adolescente para a realização das atividades propostas, é necessário agir com naturalidade e trabalhar com os demais estudantes sobre as diferenças.

Desmistificar a deficiência evita rejeição ou superproteção e trabalhar com a funcionalidade estimula o aprendizado e cria um clima de colaboração para garantir com sucesso, a inclusão.

É isso.

Forte Abraço

Joana Canfora

Imagem do Filme: “Como estrelas na Terra – Toda criança é especial “- filme indiano de 2007 que trata sobre a dislexia.

Professor, você pode! Você consegue!

  1. O professor precisa conhecer as habilidades e dificuldades de seus alunos.
  2. Se por acaso alguma criança demonstrar dificuldades evidentes na realização de alguma atividade, o professor deve comunicar a coordenação de sua escola para que a criança possa ser encaminhada a uma equipe multidisciplinar e que possa ser acompanhada com mais atenção.
  3. Deve se ter muito cuidado ao sinalizar que alguma criança tenha Necessidades Educacionais Especiais, pois um diagnóstico correto depende de uma série de procedimentos, como por exemplo: a observação constante da criança, a análise de uma equipe multidisciplinar e questões emocionais, culturais e econômicas.
  4. Caso alguma criança seja de fato, identificada com Necessidades Educacionais Especiais, o professor precisa ter seu planejamento flexível e fazer uso de métodos diversificados na sala de aula. É preciso colocar o assunto/ conteúdo de várias formas diferentes até que seja possível ao aluno compreendê-lo.
  5. É importante que o professor consiga tirar do conteúdo pedagógico algo que tenha alguma funcionalidade na vida do aluno.
  6. Os professores nunca devem:
  •  ressaltar as dificuldades os alunos e diferenciá-los dos demais;
  • expressar impaciência diante das dificuldades;
  • corrigir os erros com frequência na frente dos demais colegas;
  • ignorar as dificuldades da criança ou forçar a criança fazer lições quando tiverem nervosas por não terem conseguido.

Lembre-se professor: cada caso é um caso e temos que respeitar as diferenças e principalmente o tempo que cada um assimila o conteúdo proposto.

 

Crédito da imagem: http://www.telessaude.uerj.br/escola/

Observe, identifique, pratique!

  1. Conseguir através de observações, conhecer e identificar as habilidades e dificuldades de cada criança.
  2. Elaborar através destas observações, um planejamento que seja funcional as peculiaridades de cada criança.
  3. Se necessário, realizar ajustes na escola e sala de aula, oferecendo oportunidades a todos que nela circulam.
  4. Realizar tarefas e procedimentos escolares adaptados e alternativos, condizentes ao que a criança sinaliza necessitar.
  5. Criar estratégias e métodos voltados para as dificuldades específicas das crianças.
  6. Refletir sobre o papel dos familiares, responsáveis e comunidade escolar no processo inclusivo.
  7. Elaborar provas avaliativas adaptadas conforme as habilidades apresentadas pelo aluno.

(Créditos da imagem: http://marciosouzavereador.blogspot.com.br/2010_06_01_archive.html)